“IRACEMA, a virgem dos lábios de mel”
José Martiniano de Alencar, Mecejana – Ceará
Brasil, terra descoberta pelos europeus portugueses, tem em seu solo a figura sagrada do índio, primeiros moradores deste rincão, recebem no século XVI o europeu que vem em busca de riquezas – aventureiros, degredados.
Ao chegar a Terra de Santa Cruz, duas raças se encontram; cada uma com seus usos, costumes, crenças, culturas diferentes.
O índio primitivo, “dócil”, sem vício algum, se depara com o português, que está à procura de uma vida mais fácil, sucumbe o índio, domina-o praticamente, fazendo-o subordinado.
Numa dessas aldeias indígenas, existe uma linda jovem índia tabajara - Iracema, que se destacava pela sua beleza e formosura, prometida aos deuses, é sucumbida pela paixão por um jovem guerreiro português – Martim, do qual tem um filho e perde sua vida em conseqüência desse sentimento tão avassalador.
José de Alencar, com uma de suas principais características – indianista – mostra através dessa obra a miscigenação da raça brasileira, além disso, entre outras coisas, destaca a figura do índio em sua fidelidade, bravura, de um lado, e o português, o “selvagem” que corrompe o índio, de outro.
Obs: Foi o primeiro romance que li, não uma vez, mas cinco vezes, quando ainda adolescente. Fiquei a princípio estarrecida com o tratamento dado aos índios pelos europeus portugueses e o início do processo de aculturação, mas o que mais chamou minha atenção foi o amor entre Iracema e Martim, e o triste desfecho desse romance. Li várias vezes, sempre procurando imaginar um final feliz. Os dias de Iracema vão ser longas tardes sem manhã, até que venha para ela a grande noite."
Helena Maria
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
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